segunda-feira, 23 de abril de 2012

AUSÊNCIA

São três da manhã de um sábado, eu chego em casa com algum álcool na cabeça, está tudo bem. Eu pelo menos acredito que esteja, por que algo preenche meu cérebro e meu peito, me fazendo não pensar.
Eu deito a cabeça no travesseiro. Após ver o mundo rodar algumas vezes algo me faz retomar a consciência. Percebo que tudo em minha volta me deixa confusa, angustiada e após passar por isso tantas vezes sei o que me deixa assim: o vazio da tua ausência.
Ausência do abraço, dos seus lábios nos meus. Ausência do tempo que voava enquanto encostava tua mão na minha. Vazio que não há o que preencha, nem uma boa taça de vinho, nem outra pessoa, nem os amigos, nem as lembranças, só você.
E é isso que mais me dói, lembrar, lembrar e continuar lembrando e ainda me sentir vazia, mesmo com as melhores lembranças que a minha mente pode guardar, mesmo com o melhor sentimento que meu coração pode sentir.
Eu parei de acreditar nesse negócio de que as lembranças ajudam na eternização do amor. Eu quero o corpo a corpo, o olho no olho, e o beijo mais gostoso. Por que quem vive de lembranças, não é feliz não senhor! Quem vive de lembranças é metade feliz, e eu , me desculpe, quero ser um copo transbordando de alegria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário