segunda-feira, 14 de maio de 2012

Quem sabe, amor.


O que é o amor? – Pensava eu inquieta numa noite de sexta feira pacata de minha vida. Por mais que houvesse milhares de distrações cotidianas e por mais que eu as frequentasse, a tranquilidade e o silêncio já haviam se enraizado em meu interior.
Perguntas como essa são difíceis de responder, dizia minha mente ao meu coração. Busquei em dicionários, enciclopédias e até filmes água com açúcar que não costumava ver e nada disso acabava com a minha busca incansável.
Certa tarde, ao revoltar-me com essa ausência de respostas, perguntei à minha mãe: - Mãe, por que esse sentimento que dizem que é tão lindo não tem definição alguma que satisfaça a minha curiosidade?
Sabiamente ela me respondeu: - Essa é a beleza do amor, só sabemos como é se um dia o sentirmos.
- Sentir! – exclamei – Isso é coisa de quem mente, dizer que só existe se você ver ou sentir. Sei bem o que é o amor, é uma bobagem que inventaram para se viver em busca de um nada que não acontece com ninguém!
- Tire-me uma dúvida, minha filha – disse minha mãe, com uma panela na mão tentando lavar a louça do jantar – Você não tem medo de perder algo que não saberia viver sem?
- Mas é claro que tenho! Não consigo nem me imaginar sem certas pessoas, ou com a ausência de alguns trejeitos, de alguns sorrisos.
- Então minha filha, isso é amor!
Percebi então o quanto cada parte de nós é única e tem seu valor pra alguém, como o sol que nasce e se põe todos os dias.
Talvez isso seja amor, descobrir a beleza na essência e na simplicidade, temendo perdê-los toda manhã. 

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